O PROGRESSISTA
Hoje publico fotos da redação de "O Progressista", jornal editado pela Associação Recreativa Novelense, durante os anos de 1975 e 1976.
Foram editados 7 números. O nº. 1 saiu a 26 de outubro de 1975 e o nº. 7 em novembro de 1976.
Já é História VII
NOVELAS
em
1922 e 1923
No Relatório do movimento religioso na Diocese do porto referente aos anos acima mencionados, a freguesia de Novelas, como todas as freguesias da mesma Diocese, os seus párocos enviaram para publicação no mesmo o relatório referente a sua freguesia.
Como sempre o padre de Novelas, José Carneiro da Silva Júnior, ou o padre de Bitarães onde a freguesia de Novelas estava anexa, muito pobre no relatório, enquanto outros falam de sua freguesia com saber, outros se limitam a escrever o menos possível, (exemplo do padre de Cete que não chegaram 2 folhas A4) e outros ainda com mais. O Bispo do Porto era um nosso vizinho D. António Barbosa Leão, nascido na freguesia de Parada de Todeia no concelho de Paredes.
Deixo aqui a foto do Bispo do Porto;
Foto da capa do Dito Relatório;
Foto do relatório do padre referente a Novelas;
"As perguntas colocadas foram as seguintes; (1)
1. Em que província fica, a que bispado, comarca, termo e freguesia pertence.
2. Se é d’el-Rei, ou de donatário, e quem o é ao presente.
3. Quantos vizinhos tem, e o número de pessoas.
4. Se está situada em campina, vale, ou monte e que povoações se descobrem dela, e quanto distam.
5. Se tem termo seu, que lugares, ou aldeias compreende, como se chamam, e quantos vizinhos tem.
6. Se a Paróquia está fora do lugar, ou dentro dele, e quantos lugares, ou aldeias tem a freguesia, e todos pelos seus nomes.
7. Qual é o seu orago, quantos altares tem, e de que santos, quantas naves tem; se tem Irmandades, quantas e de que santos.
8. Se o Pároco é cura, vigário, ou reitor, ou prior, ou abade, e de que apresentação é, e que renda tem.
9. Se tem beneficiados, quantos, e que renda tem, e quem os apresenta.
10.Se tem conventos, e de que religiosos, ou religiosas, e quem são os seus padroeiros.
11.Se tem hospital, quem o administra e que renda tem.
12. Se tem casa de Misericórdia, e qual foi a sua origem, e que renda tem; e o que houver de notável em qualquer destas coisas.
13. Se tem algumas ermidas, e de que santos, e se estão dentro ou fora do lugar, e a quem pertencem.
14. Se acode a elas romagem, sempre, ou em alguns dias do ano, e quais são estes.
15. Quais são os frutos da terra que os moradores recolhem com maior abundância.
16. Se tem juiz ordinário, etc., câmara, ou se está sujeita ao governo das justiças de outra terra, e qual é esta.
17. Se é couto, cabeça de concelho, honra ou beetria.
18. Se há memória de que florescessem, ou dela saíssem, alguns homens insignes por virtudes, letras ou armas.
19. Se tem feira, e em que dias, e quanto dura, se é franca ou cativa.
20. Se tem correio, e em que dias da semana chega, e parte; e, se o não tem, de que correio se serve, e quanto dista a terra aonde ele chega.
21. Quanto dista da cidade capital do bispado, e quanto de Lisboa, capital do Reino.
22. Se tem algum privilégio, antiguidades, ou outras coisas dignas de memória.
23. Se há na terra, ou perto dela alguma fonte, ou lagoa célebre, e se as suas águas tem alguma especial virtude.
24. Se for porto de mar, descreva-se o sitio que tem por arte ou por natureza, as embarcações que o frequentam e que pode admitir.
25. Se a terra for murada, diga-se a qualidade dos seus muros; se for praça de armas, descreva-se a sua fortificação. Se há nela, ou no seu distrito algum castelo, ou torre antiga, e em que estado se acha ao presente.
26. Se padeceu alguma ruína no terramoto de 1755, e em quê, e se está reparada.
27. E tudo o mais que houver digno de memória, de que não faça menção o presente interrogatório.
1. Como se chama.
2. Quantas léguas tem de comprimento e quantas tem de largura, aonde principia e acaba.
3. Os nomes dos principais braços dela.
4. Que rios nascem dentro do seu sítio, e algumas propriedades mais notáveis deles; as partes para onde correm e onde fenecem.
5. Que vilas e lugares estão assim na Serra, como ao longo dela.
6. Se há no seu distrito algumas fontes de propriedades raras.
7. Se há na Serra minas de metais, ou canteiras de pedras, ou de outros materiais de estimação.
8. De que plantas ou ervas medicinais é a serra povoada, e se se cultiva em algumas partes, e de que géneros de frutos é mais abundante.
9. Se há na Serra alguns mosteiros, igrejas de romagem, ou imagens milagrosas.
10. A qualidade do seu temperamento.
11. Se há nela criações de gados, ou de outros animais ou caça.
12. Se tem alguma lagoa ou fojos notáveis.
13. E tudo o mais que houver digno de memória.
1. Como se chama assim, o rio, como o sitio onde nasce.
2. Se nasce logo caudaloso, e se corre todo o ano.
3. Que outros rios entram nele, e em que sitio.
4. Se é navegável, e de que embarcações é capaz.
5. Se é de curso arrebatado, ou quieto, em toda a sua distância, ou em alguma parte dela.
6. Se corre de norte a sul, se de sul a norte, se de poente a nascente, se de nascente a poente.
7. Se cria peixes, e de que espécie são os que traz em maior abundância.
8. Se há nela pescarias, e em que tempo do ano.
9. Se as pescarias são livres ou algum senhor particular, em todo o rio, ou em alguma parte dele.
10. Se se cultivam as suas margens, e se tem muito arvoredo de fruto, ou silvestre.
11. Se têm alguma virtude particular as suas águas.
12. Se conserva sempre o mesmo nome, ou começa a ter diferente em algumas partes, e como se chamam estas, ou se há memória que em outro tempo tivesse outro nome.
13. Se morre no mar, ou em outro rio, e como se chama este, e o sitio em que entra nele.
14. Se tem alguma cachoeira, represa, levada, ou açudes que lhe embaracem o ser navegável.
15. Se tem pontes de cantaria, ou de pau, quantas e em que sítio.
16. Se tem moinhos, lagares de azeite, pisões, noras ou algum outro engenho.
17. Se em algum tempo, ou no presente, se tirou ouro das suas areias.
18. Se os povos usam livremente as suas águas para a cultura dos campos, ou com alguma pensão.
19. Quantas léguas tem o rio, e as povoações por onde passa, desde o seu nascimento até onde acaba.
20. E qualquer coisa notável, que não vá neste interrogatório."
APONTAMENTOS
O propósito é lembrar alguns nomes de lugares, quintas, ruas, presas, caminhos e nomes esquecidos no tempo, que, com a nova toponímia foi perdendo sentido nomeadamente nos mais novos.
Hoje publico as letras
V
VASCO DA
GAMA (Avenida)
– Vasco da Gama, nasceu em Sines no ano 1469[1]. Navegador português,
D. Manuel I rei de Portugal, confiou o comando da frota, composta da nau S.
Gabriel, S. Rafael, S. Miguel e Bérrio, foi o grande descobridor do caminho
marítimo para a Índia.
Morreu em
Cochim na Índia, a 24 de Dezembro de 1524[2].
Avenida - Começa no cruzeiro,
ocupa a totalidade da estrada Nacional nº 106, termina no limite da freguesia,
com a de Santa Marinha de Lodares. Parte dos lugares de Bichas e Cruzeiro,
fazem parte desta avenida.
Z
ZÉ BELEZA
– José
Silva Ferreira, nasceu em Novelas a 24 de Novembro de 1918, figura típica
Novelense, contam-se muitos histórias principalmente de rapazes que lhe
atiravam pedras só para o ouvir ralhar.
Diz-se que é o autor da seguinte frase, “vou a Bustelo beber um copo, aqui os cachopos não me deixam em paz”. Morreu a ?????, na freguesia de Bitarães, vitima de acidente de viação, e falta de cuidados médicos imediatos. Está sepultado no cemitério de Novelas.
Novelas, maio 2010
jornalagalga@gmail.com