Já é História XI
Locomotiva 21
Locomotiva da Série 21 a 32, batizada de "DOURO", inaugurou a linha do Douro entre a estação de Pinheiro de Campanhã e a estação de Penafiel no dia 29 de julho de 1875
APONTAMENTOS
O propósito é lembrar alguns nomes de lugares, quintas, ruas, presas, caminhos e nomes esquecidos no tempo, que, com a nova toponímia foi perdendo sentido nomeadamente nos mais novos.
Hoje publico a letra
I
IGREJA (Quinta) – Templo destinado
à celebração de um culto cristão[1].
Quinta – Quem vai para o Cemitério de Novelas,
e junto a este está situada a casa e quinta da Igreja, continua habitada e nos
terrenos anexos, está instalada uma vacaria. Próximo da casa existiu a Igreja
paroquial de Novelas, é esta que lhe dá o nome.
Nas (Memorias Paroquiais de 1758), inquérito
respondido pelo Padre João Dias Ribeiro[4], que
na época paroquiava esta freguesia, diz; O
orago desta Freguezia he Salvador, è tem tres Altares, a saber, o Mor aonde
esta colocado S. Salvador, e o Altar de nossa Senhora do Rozario, que está
nelle collocado a Imagem de Santo Antonio, e o Altar do Menino Deos, que acha
tambem huá Imágem de S. Gonçallo; Esta Igreya esta no lugar de Novellas; tem
Lugares ou Aldeias a saber o Lugar de Novellas, Ranha e Covas, Mellote, Outeiro
de Velhas, Carrazedo, Arcuzello daquem e Arcuzello dalém[5].
INGUIEIRO
(Quinta;
Rua) –
Quinta – Situada nos limites da freguesia com
a de Santiago, Bitarães, e os lugares de Fornelos, Campo e Outeiro de Velhas. O
seu último caseiro foi o Sr. António Santos (Santos de Inguieiro), como quinta
foi abandonada nos finais da decada de 70, do século passado.
Rua – Quase nas últimas casas da rua do Monte à
direita, é curta termina num dos antigos campos da quinta de Inguieiro.
Novelas, maio 2010
jornalagalga@gmail.com
[1] Dicionário Prático
Ilustrado, Lello & Irmão-Editores.
[2] Os sinos foram postas na
nova Igreja.
[3] Versão oral de Cândido de
Magalhães nasceu em Novelas a 25 de Abril de 1924.
[4] Paroquiou a freguesia de
Novelas de Junho de 1756 a Agosto de 1758.
[5] Temas Penafidelenses
Volume III, pagina128 de António Gomes de Sousa e Manuel Ferreira Coelho.
Corpo
Expedicionário Português
CEP
(Militares
Novelenses)
O
Exército Português poucas vezes foi chamado a intervir em guerras no
estrangeiro, no entanto nalgumas manteve a sua presença e a última foi prolongada
e longa, com o fim que todos conhecemos de muitos mortos e feridos, falo da I
Guerra Mundial (1914 a 1918), e mais recente da Guerra Colonial (1961 a 1975).
Hoje irei tentar dar ao conhecimento dos Novelenses a
Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), onde consta na lista de Militares que
estiveram nessa 5 Novelenses, estes foram e vieram vivos, vivendo a sua vida
normal entre nós.
A lista de militares mortos ou feitos prisioneiros e
que por lá morreram, ou daqueles que por muitas razões depois do Armistício
“Tratado de Paz” optaram por ficarem por aquelas terras como imigrantes, ainda
não estará disponível ou então ainda não a encontrei, existe sim a lista de
familiares que receberam a “Chamada Pensão de Sangue”, mas não me foi possível
nessa mesma os encontrar.
OBS: este trabalho não se encontra acabado, nem era esse a
minha intenção, somente chamar atenção neste centenário da Primeira Grande
Guerra, e como todos sabemos foi um dos maiores se não o maior desastre militar
Português.
Sempre que possível coloco documentos dos mesmos, carregar
em cima para ler.
Novelas abril de 2018
Joaquim pinto
mendes
ANTÓNIO
BARBOSA - Nasceu a 10 de março de
1895, na freguesia de Novelas no lugar da Ponte, filho de Manuel Joaquim
Barbosa e de Rosa da Silva, casou com Isabel Cândida de Sousa a 29 de outubro
de 1919.
Faleceu
a 7 de novembro de 1969.
1
– Colocado no 4º Grupo de Metralhadoras em 18 de outubro de 1917;
2
– Baixa ao Hospital em 22 de maio de 1918;
3
– Alta do Hospital a 10 de julho, presente na sua Unidade a 28 de julho;
- Baixa ao Hospital a 25 de agosto de 1918
por ter sido ferido na ocasião dum bombardeamento inimigo. Alta ?????;
4 – Baixa á Ambulância 4 a 5 de novembro. Alta em 7 para a Unidade;
6 – Licença para 10 dias em princípio
6 de março de 1919 e presente a 16 de março de 1919;
7
- Seguiu para Portugal em 15 de abril a bordo do navio “Miller”;
-
Chega a Lisboa a 19 de abril de 1919.
AUGUSTO DE
SOUSA COELHO – Nasceu em Novelas a 15
de setembro de 1891, filho natural de Maria Coelho, mais tarde com o casamento
de sua mãe com Francisco de Sousa passa a ser filho legítimo.
Casou
com Matilde de Jesus.
Faleceu
a 17 de setembro de 1951, esta sepultado no Cemitério de Novelas.
-
Baixa à ambulância nº. 7 em 28 de março de 1918;
-
Julgado incapaz de todo o serviço em sessão de 8 de abril. Alta em 9;
-
Seguiu para o P. D. em 29 de abril de 1918;
-
Desembarcou em Lisboa a 17 de maio de 1918.
FRANCISCO PACHECO–Nasceu em Novelas, a 7 de maio de 1894, filho natural de Antónia Pacheco e de pai incógnito, solteira de profissão Costureira.
Faleceu
em Aldoar, Porto no dia 9 de julho de 1967
Parente
mais próximo é sua mulher, Estefânia Conceição Canêdo[1],
residente em Penafiel, distrito do Porto.
1 - Licença de campanha por 30 dias em
5 de setembro de 1918 para gozar em CALIS.
2 - Presente na unidade por ter terminado
a licença de campanha a 5 de outubro de 1918.
-
Tem direito a usar a medalha comemorativa de campanha á França.
3
- Repatriado no “Gil Eanes” em 6-V-1919.
- Desembarcou em Lisboa a 10 de maio de 1919
Casou
com Maria da Piedade a 23 de outubro de 1920, faleceu em Novelas a 21 de abril
de 1965.
Soldado nº. 374, com a placa de identificação 21739 A.
Parente
mais próximo José da Rocha, residente em Novelas Penafiel.
2
– Ferido em combate em 25 de março de 1918,
(……..);
3
– Baixa ao Hospital a 30 de junho;
4
– Alta do Hospital a 6 de julho;
5
– Baixa ao Hospital a 12 de setembro, alta a 20 do mesmo mês;
6 – Baixa ao hospital a 2 de outubro,
evacuado para H. S. 8, evacuado do H. S. 8, para H. B. 1 a 17;
7 – Evacuado para o ??? em 16 de
janeiro de 1919, afim de ser repatriado;
8 – Baixa á Ambulância 3 no ??, em 18
de janeiro de 1919;
9 – Alta em 20 sendo repatriado.
Faleceu
a 24 de outubro de 1953 em Braga.
Soldado
nº. 411, solteiro, placa de
identificação nº. 22525 A.
-
Embarcou em Lisboa a 14 de julho de 1917
-
Marchou e apresentou-se no Batalhão de Infantaria nº. 29 em 4 de setembro de
1917, onde fica fazendo serviço;
- Desaparecido a 9 de abril de 1918, sendo feito prisioneiro e internado nocampo de (……….), até 16 de janeiro de 1919;
-
Embarcou para Portugal a bordo do “Miller” em 31 de janeiro de 1919;
-
Desembarca em Lisboa a 4 de fevereiro de 1919.
Nota: ao terminar este trabalho, sinto-me com
maior conhecimento, espero que tu sintas o mesmo.
Um abraço e até ao próximo trabalho
[1] Na
Certidão de Nascimento numero 10 do ano de 1894, passada a 9 de Maio do mesmo
ano, na nota de Casamento diz que casou com Rosa de Jesus, natural de
Cabeceiras de Basto. De notar que no Boletim Individual do CEP – Corpo
Expedicionário Português do qual anexo copia diz ser casado com Estefânia da
Conceição Canêdo.
Eleições Presidenciais
2021
NOVELAS
Realizou-se hoje dia 24 de janeiro, e
em plena Pandemia “Covid 19”, a eleição para Presidente da República para os
próximos 5 anos.
|
Mesa 11 |
Mesa 12 |
Total |
Inscritos |
828 |
792 |
1620 |
|
|
|
|
Votantes |
424 |
377 |
801 |
|
|
|
|
Eduardo N. da Costa Baptista |
- |
- |
|
Marisa Isabel Santos Matias |
17 |
15 |
32 |
Marcelo Rebelo de Sousa |
245 |
250 |
495 |
Tiago P. S. Mayan Gonçalves |
6 |
4 |
10 |
André C. Amaral Ventura |
31 |
19 |
50 |
Vitorino F. Rocha e Silva |
39 |
30 |
69 |
João M. Peixoto Ferreira |
23 |
12 |
35 |
Ana M. Rosa Martins Gomes |
53 |
39 |
92 |
|
|
|
|
Brancos |
4 |
5 |
9 |
Nulos |
6 |
3 |
9 |
Para memória futura aqui ficam os
números referente a este ato eleitoral, na freguesia de Novelas - Penafiel
Novelas, 24 de janeiro de 2021
Joaquim Pinto Mendes
jornalagalga@gmail.com
APONTAMENTOS
O propósito é lembrar alguns nomes de lugares, quintas, ruas, presas, caminhos e nomes esquecidos no tempo, que, com a nova toponímia foi perdendo sentido nomeadamente nos mais novos.
Hoje publico a letra
G
GANCHAS (Lugar; Rua) – Nesta região o termo Gancha significa: Ramo
de árvore; ramada, pernada e cajado, que termina em forma de gancho. Gancho,
por sua vez, significa: qualquer coisa encurvada, o que nos leva a supor a
forma do terreno onde o lugar nasceu…[1].
Lugar – Este lugar situa-se junto da estrada
nacional, antes do lugar dos Penedos, lado direito, e, entre este e a linha do
comboio. Foi extinto como lugar com a aprovação da nova toponímia (ruas), pela
Assembleia de Freguesia.
Rua – Começa na nova Avenida António da Rocha
Melo, onde um dia irá ser feita uma
rotunda[2], para o lado
direito, descendo até à linha do comboio, voltando a subir e agora segue para o
meio das casas aí existentes, terminando ao encontrar de novo a Avenida que vai
dar à estação. Na sua totalidade localizada no extinto lugar das Ganchas.
GINÇO (Travessa) – Não
encontrei definição desta palavra.
Travessa – Inicia junto da Ponte de Novelas, do
lado direito, é curta e termina num portão de casa particular, nesta situa-se a
casa da Rela, onde antes da Escola Cantina América Cardeal Rocha Melo,
funcionava a escala feminina de Novelas, era seu proprietário o Sr. Joaquim
António Rella, regedor desta freguesia[3], e,
Presidente da Junta de Freguesia[4].
GRADES (Quinta) – Instrumento
agrícola de travessas de madeira, paralelas com dentes, para aplanar a terra,
depois de lavrada.
Quinta – No caminho Cruzeiro para o Cemitério
de Novelas, quem desce à direita, aí se encontra a casa da quinta, com um largo
em frente do portão, esta porção de terreno hoje encontra-se vedada com muro.
Lembro-me de aí morar o “Pereira das Grades”[5].
GALGA (Terra) – Fêmea do Galgo. Mó de pedra nos moinhos e
lagares. Peta; Boato[6].
Terra da Galga – Desde sempre se
ouviu dizer que “Novelas é a terra da Galga”, muitas definições haverá para
este ilustre título das gentes de Novelas, fica ao critério de cada um.
Na versão oral do povo, “vais a Novelas, não te
esqueças de trazer a Galga”.[7]
Novelas, maio 2010
jornalagalga@gmail.com
[1] Temas Penafidelenses
Volume II, pagina68 de António Gomes de Sousa e Manuel Ferreira Coelho.
[2] Nota do autor, começou a
construção a 21 de Abril de 2008.
[3] Ver “Regedores”, pagina ??
[4] Ver “Presidentes da
Junta”, página ??.
[6] Grande Enciclopédia do
Conhecimento, Volume 7, página 1141.
[7] Versão Popular.