02 fevereiro 2021

 

             APONTAMENTOS 

NOVELENSES

             O propósito é lembrar alguns nomes de lugares, quintas, ruas, presas, caminhos e nomes esquecidos no tempo, que,  com a nova toponímia foi perdendo sentido nomeadamente nos mais novos.

                                    Hoje publico a letra            


I

 

                IGREJA (Quinta) – Templo destinado à celebração de um culto cristão[1].

    Quinta – Quem vai para o Cemitério de Novelas, e junto a este está situada a casa e quinta da Igreja, continua habitada e nos terrenos anexos, está instalada uma vacaria. Próximo da casa existiu a Igreja paroquial de Novelas, é esta que lhe dá o nome.

 

                IGREJA VELHA (Igreja; Rua) – Conhecido em Novelas por Igreja Velha, uma porção de terreno existente em frente do Cemitério, pertencente ao logradouro da quinta da Igreja, onde em tempo estava edificada a igreja paroquial de Novelas, resta a casa onde o Padre vivia (hoje transformada em adega). A igreja era pequena, tinha duas naves, com o teto em madeira com pinturas, não tinha torre, apenas um arco sineiro, com dois sinos[2], subia-se por escadas exteriores de ferro, tinha coro e três altares, diz não poder afirmar quando a mesma foi abaixo[3].

Nas (Memorias Paroquiais de 1758), inquérito respondido pelo Padre João Dias Ribeiro[4], que na época paroquiava esta freguesia, diz; O orago desta Freguezia he Salvador, è tem tres Altares, a saber, o Mor aonde esta colocado S. Salvador, e o Altar de nossa Senhora do Rozario, que está nelle collocado a Imagem de Santo Antonio, e o Altar do Menino Deos, que acha tambem huá Imágem de S. Gonçallo; Esta Igreya esta no lugar de Novellas; tem Lugares ou Aldeias a saber o Lugar de Novellas, Ranha e Covas, Mellote, Outeiro de Velhas, Carrazedo, Arcuzello daquem e Arcuzello dalém[5]. 

        Rua – Inicio junto ao Cruzeiro, passa pelo Cemitério, termina no entroncamento com o caminho que vai para a ponte do Codêsso, quase nas primeiras casas do lugar da Ranha, e rua com o mesmo nome.

 

                    INGUIEIRO (Quinta; Rua) –

        Quinta – Situada nos limites da freguesia com a de Santiago, Bitarães, e os lugares de Fornelos, Campo e Outeiro de Velhas. O seu último caseiro foi o Sr. António Santos (Santos de Inguieiro), como quinta foi abandonada nos finais da decada de 70, do século passado.

      Rua – Quase nas últimas casas da rua do Monte à direita, é curta termina num dos antigos campos da quinta de Inguieiro.

  

                                                Novelas Julho de 2008

                                                Novelas, maio 2010

 

                                                   Joaquim Pinto Mendes, 

                                                   Novelas, 02 de fevereiro de 2021

                                                   jornalagalga@gmail.com



[1] Dicionário Prático Ilustrado, Lello & Irmão-Editores.

[2] Os sinos foram postas na nova Igreja.

[3] Versão oral de Cândido de Magalhães nasceu em Novelas a 25 de Abril de 1924.

[4] Paroquiou a freguesia de Novelas de Junho de 1756 a Agosto de 1758.

[5] Temas Penafidelenses Volume III, pagina128 de António Gomes de Sousa e Manuel Ferreira Coelho.

28 janeiro 2021

 

Corpo Expedicionário Português

CEP

(Militares Novelenses)

         O Exército Português poucas vezes foi chamado a intervir em guerras no estrangeiro, no entanto nalgumas manteve a sua presença e a última foi prolongada e longa, com o fim que todos conhecemos de muitos mortos e feridos, falo da I Guerra Mundial (1914 a 1918), e mais recente da Guerra Colonial (1961 a 1975).

Hoje irei tentar dar ao conhecimento dos Novelenses a Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), onde consta na lista de Militares que estiveram nessa 5 Novelenses, estes foram e vieram vivos, vivendo a sua vida normal entre nós.

A lista de militares mortos ou feitos prisioneiros e que por lá morreram, ou daqueles que por muitas razões depois do Armistício “Tratado de Paz” optaram por ficarem por aquelas terras como imigrantes, ainda não estará disponível ou então ainda não a encontrei, existe sim a lista de familiares que receberam a “Chamada Pensão de Sangue”, mas não me foi possível nessa mesma os encontrar.

 

OBS: este trabalho não se encontra acabado, nem era esse a minha intenção, somente chamar atenção neste centenário da Primeira Grande Guerra, e como todos sabemos foi um dos maiores se não o maior desastre militar Português.

Sempre que possível coloco documentos dos mesmos, carregar em cima para ler.

 

Novelas abril de 2018

 

Joaquim pinto mendes

 

 

    ANTÓNIO BARBOSA - Nasceu a 10 de março de 1895, na freguesia de Novelas no lugar da Ponte, filho de Manuel Joaquim Barbosa e de Rosa da Silva, casou com Isabel Cândida de Sousa a 29 de outubro de 1919.

Faleceu a 7 de novembro de 1969.

       Soldado nº. 397 da 2ª Companhia, com a placa de Identidade 21.757 A. Embarcou em Lisboa a14 de julho de 1917 para França;

    1 – Colocado no 4º Grupo de Metralhadoras em 18 de outubro de 1917;

    2 – Baixa ao Hospital em 22 de maio de 1918;

    3 – Alta do Hospital a 10 de julho, presente na sua Unidade a 28 de julho;

    - Baixa ao Hospital a 25 de agosto de 1918 por ter sido ferido na ocasião dum bombardeamento inimigo. Alta ?????;

    4 – Baixa á Ambulância 4 a 5 de novembro. Alta em 7 para a Unidade; 



     
 5 – Colocado no B. M. Pesadas e na 3ª Companhia ???????????;

     6 – Licença para 10 dias em princípio 6 de março de 1919 e presente a 16 de março de 1919;

     7 - Seguiu para Portugal em 15 de abril a bordo do navio “Miller”;

        - Chega a Lisboa a 19 de abril de 1919.

 

 

     AUGUSTO DE SOUSA COELHO – Nasceu em Novelas a 15 de setembro de 1891, filho natural de Maria Coelho, mais tarde com o casamento de sua mãe com Francisco de Sousa passa a ser filho legítimo.

Casou com Matilde de Jesus.

Faleceu a 17 de setembro de 1951, esta sepultado no Cemitério de Novelas.

        Soldado nº. 473, com a placa identificativa nº. A 22082, parente mais próximo é sua mulher, residente em Novelas concelho de Penafiel. Embarcou em Lisboa a 14 de julho de 1917.


 
Colocado na 3ª. Companhia do batalhão d´Infantaria 35, em 21 de agosto de 1917;

     - Baixa à ambulância nº. 7 em 28 de março de 1918;

     - Julgado incapaz de todo o serviço em sessão de 8 de abril. Alta em 9;

     - Seguiu para o P. D. em 29 de abril de 1918;

     - Desembarcou em Lisboa a 17 de maio de 1918.

 

 

             FRANCISCO PACHECO–Nasceu em Novelas, a 7 de maio de 1894, filho natural de Antónia Pacheco e de pai incógnito, solteira de profissão Costureira.

Faleceu em Aldoar, Porto no dia 9 de julho de 1967



     - Embarcou em Lisboa a 14 de julho de 1917.

        1º Cabo nº. 1184, com a placa de identificação nº. A 21624.

Parente mais próximo é sua mulher, Estefânia Conceição Canêdo[1], residente em Penafiel, distrito do Porto.

    1 - Licença de campanha por 30 dias em 5 de setembro de 1918 para gozar em CALIS.

   2 - Presente na unidade por ter terminado a licença de campanha a 5 de outubro de 1918.

        - Tem direito a usar a medalha comemorativa de campanha á França.

    3 - Repatriado no “Gil Eanes” em 6-V-1919.

       - Desembarcou em Lisboa a 10 de maio de 1919

 

 

                JOSÉ DA ROCHA – Filho de José da Rocha “Moleiro” e de Maria Roza “Governanta de casa”, natural de Novelas, Penafiel, solteiro.

Casou com Maria da Piedade a 23 de outubro de 1920, faleceu em Novelas a 21 de abril de 1965.

 



Soldado nº. 374, com a placa de identificação 21739 A.

  Parente mais próximo José da Rocha, residente em Novelas Penafiel.

      1 – Colocado no Batalhão de Infantaria nº. 34 em 21 de Agosto de 1917;

     2 – Ferido em combate em 25 de março de 1918,    (……..);

     3 – Baixa ao Hospital a 30 de junho;

     4 – Alta do Hospital a 6 de julho;

     5 – Baixa ao Hospital a 12 de setembro, alta a 20 do mesmo mês;

    6 – Baixa ao hospital a 2 de outubro, evacuado para H. S. 8, evacuado do H. S. 8, para       H. B. 1 a 17;

     7 – Evacuado para o ??? em 16 de janeiro de 1919, afim de ser repatriado;

     8 – Baixa á Ambulância 3 no ??, em 18 de janeiro de 1919;

     9 – Alta em 20 sendo repatriado.

 

 

              MANUEL DE SOUSA – Filho de Joaquim de Sousa e de Emília da Silva, nasceu em Novelas a 22 de novembro de 1895, e foi batizado na de Santa Marinha de Lodares no dia 27 do mesmo mês e ano.

     Faleceu a 24 de outubro de 1953 em Braga.

 

     Soldado nº. 411, solteiro, placa de identificação nº. 22525 A.

     - Embarcou em Lisboa a 14 de julho de 1917

     - Marchou e apresentou-se no Batalhão de Infantaria nº. 29 em 4 de setembro de 1917, onde fica fazendo serviço;

 



   - Desaparecido a 9 de abril de 1918, sendo feito prisioneiro e internado nocampo de (……….), até 16 de janeiro de 1919;

      - Embarcou para Portugal a bordo do “Miller” em 31 de janeiro de 1919;

      - Desembarca em Lisboa a 4 de fevereiro de 1919.

 

                 Nota: ao terminar este trabalho, sinto-me com maior conhecimento, espero que tu sintas o mesmo.

 

                                                                    Um abraço e até ao próximo trabalho

                                                                                 jornalagalga@gmail.com

    

 

 

 

 

 

 

 



[1] Na Certidão de Nascimento numero 10 do ano de 1894, passada a 9 de Maio do mesmo ano, na nota de Casamento diz que casou com Rosa de Jesus, natural de Cabeceiras de Basto. De notar que no Boletim Individual do CEP – Corpo Expedicionário Português do qual anexo copia diz ser casado com Estefânia da Conceição Canêdo.

24 janeiro 2021

 

Eleições Presidenciais

2021

NOVELAS

Realizou-se hoje dia 24 de janeiro, e em plena Pandemia “Covid 19”, a eleição para Presidente da República para os próximos 5 anos.

 

 

Mesa 11

Mesa 12

Total

Inscritos

828

792

1620

 

 

 

 

Votantes

424

377

801

 

 

 

 

Eduardo N. da Costa Baptista

-

-

 

Marisa Isabel Santos Matias

17

15

32

Marcelo Rebelo de Sousa

245

250

495

Tiago P. S. Mayan Gonçalves

6

4

10

André C. Amaral Ventura

31

19

50

Vitorino F. Rocha e Silva

39

30

69

João M. Peixoto Ferreira

23

12

35

Ana M. Rosa Martins Gomes

53

39

92

 

 

 

 

Brancos

4

5

9

Nulos

6

3

9

 

Para memória futura aqui ficam os números referente a este ato eleitoral, na freguesia de Novelas - Penafiel

Novelas, 24 de janeiro de 2021

Joaquim Pinto Mendes

jornalagalga@gmail.com

18 janeiro 2021

 

                                APONTAMENTOS 

NOVELENSES

             O propósito é lembrar alguns nomes de lugares, quintas, ruas, presas, caminhos e nomes esquecidos no tempo, que,  com a nova toponímia foi perdendo sentido nomeadamente nos mais novos.

                                    Hoje publico a letra            

G

                        GANCHAS (Lugar; Rua) – Nesta região o termo Gancha significa: Ramo de árvore; ramada, pernada e cajado, que termina em forma de gancho. Gancho, por sua vez, significa: qualquer coisa encurvada, o que nos leva a supor a forma do terreno onde o lugar nasceu…[1].

            Lugar – Este lugar situa-se junto da estrada nacional, antes do lugar dos Penedos, lado direito, e, entre este e a linha do comboio. Foi extinto como lugar com a aprovação da nova toponímia (ruas), pela Assembleia de Freguesia.

        Rua – Começa na nova Avenida António da Rocha Melo, onde um dia irá ser feita uma rotunda[2], para o lado direito, descendo até à linha do comboio, voltando a subir e agora segue para o meio das casas aí existentes, terminando ao encontrar de novo a Avenida que vai dar à estação. Na sua totalidade localizada no extinto lugar das Ganchas.

 

                        GINÇO (Travessa) – Não encontrei definição desta palavra.

            Travessa – Inicia junto da Ponte de Novelas, do lado direito, é curta e termina num portão de casa particular, nesta situa-se a casa da Rela, onde antes da Escola Cantina América Cardeal Rocha Melo, funcionava a escala feminina de Novelas, era seu proprietário o Sr. Joaquim António Rella, regedor desta freguesia[3], e, Presidente da Junta de Freguesia[4].

 

                    GRADES (Quinta) – Instrumento agrícola de travessas de madeira, paralelas com dentes, para aplanar a terra, depois de lavrada.

           Quinta – No caminho Cruzeiro para o Cemitério de Novelas, quem desce à direita, aí se encontra a casa da quinta, com um largo em frente do portão, esta porção de terreno hoje encontra-se vedada com muro. Lembro-me de aí morar o “Pereira das Grades”[5].

 

                          GALGA (Terra) – Fêmea do Galgo. Mó de pedra nos moinhos e lagares. Peta; Boato[6].

            Terra da Galga – Desde sempre se ouviu dizer que “Novelas é a terra da Galga”, muitas definições haverá para este ilustre título das gentes de Novelas, fica ao critério de cada um.

Na versão oral do povo, “vais a Novelas, não te esqueças de trazer a Galga”.[7]

                                       Novelas Julho de 2008

Novelas, maio 2010

 

                                                   Joaquim Pinto Mendes, 

                                                   Novelas, 18 de janeiro se 2021

                                                   jornalagalga@gmail.com

 

[1] Temas Penafidelenses Volume II, pagina68 de António Gomes de Sousa e Manuel Ferreira Coelho.

[2] Nota do autor, começou a construção a 21 de Abril de 2008.

[3] Ver “Regedores”, pagina ??

[4] Ver “Presidentes da Junta”, página ??.

[5]

[6] Grande Enciclopédia do Conhecimento, Volume 7, página 1141.

[7] Versão Popular.