11 dezembro 2020

 APONTAMENTOS NOVELENSES

            Começo hoje a publicar um trabalho que terminei em maio de 2010, com muitos erros, muitas lacunas, mas achei por bem o publicar aqui no meu blog.
Este foi elaborado ao longo de muitos anos, entendo estar atual. 
O propósito é lembrar alguns nomes de lugares, quintas e outros que ao longo dos tempos com a nova toponímia foi perdendo sentido nomeadamente nos mais novos.

Começo pela letra

A

         ABÍLIO MIRANDA – Abílio Pinto Soares Miranda, nasceu a 24 de Dezembro de 1893, na cidade de Penafiel, e nesta cidade faleceu a 31 de Maio de 1962.

Foi fundador da revista “PENHA FIDELIS”, editada nos anos de 1927 a 1929, tendo sido publicados 14 números, esta revista é hoje considerada uma relíquia da escrita Penafidelense.
Escreveu muitos artigos no Jornal “O PENAFIDELENSE[1]“, sobre a história de Penafiel e suas freguesias.
Pública neste jornal, nos dias 18 e 25 de Janeiro, 1, 8, e 15 de Fevereiro de 1938, a única história da “FREGUESIA DE NOVELAS – HONRA DA FAMÍLIA DE SOUSA[2]”.
Nome de rua na cidade de Penafiel, e a 14 de Março de 1965, é levantado em sua memória um monumento no Largo da Ajuda nesta cidade[3], hoje encontra-se em frente do Quartel dos Bombeiros Voluntários, e na mesma data recebe a título póstumo a “MEDALHA DE HONRA DA CIDADE DE PENAFIEL“.

              ABRIL (Avenida 25) – Data importante da história Portuguesa, festeja-se neste dia o derrube da ditadura fascista implantada em Portugal á quase meio século; o acabar com as guerras coloniais e a implantação da democracia, foi os pontos altos do “MOVIMENTO DAS FORÇAS ARMADAS“, que nesse dia restituiu a liberdade aos portugueses.

        Avenida - Começa na passagem de nível, e termina junto do cruzeiro. O seu espaço é na totalidade a estrada nacional 106.


                AIDO (Quinta) – Corte de bois ou de porcos; pequena propriedade junto ao centro agrícola, onde se fazem culturas hortícolas ou pomares; pátio junto á casa; quintal; quinteiro[4].
        Quinta - Situada no extinto lugar de Outeiro de Velhas, hoje situa-se na rua com o mesmo nome, encontra-se abandonada, o seu último caseiro foi o Sr. Mota de “Outeiro de Velhas”, assim era conhecido.


                AJUDA (Rua) – A Senhora ou Nossa Senhora, a Virgem Maria[5].

        Rua Nossa Senhora – Inicia na rua Alto da Estação, entre a casa do Cerrado e a do Covilhô, à esquerda e começa por escadas, sobe muito até metade da rua, descendo até encontrar a rua da Fonte Velha, enfrente do parque infantil, é estreita.

 
                ALEXANDRE HERCULANO (Rua) – Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, nasceu em Lisboa a 28 de Março de 1810, escritor da era do romantismo, historiador, jornalista e poeta português. Faleceu em Santarém a 13 de Setembro de 1877[6]. Jaz em túmulo no Mosteiro dos Jerónimos.

         Rua - Começa na rua António Nobre,  (junto ao antigo rinque), e termina no meio da Urbanização da Companhia, é rua de topo. Situada no antigo lugar da Companhia.


           ALMEIDA GARRETT (Rua) – João Baptista da Silva Leitão e mais tarde visconde de Almeida Garrett, nasceu na cidade do Porto a 4 de Fevereiro de 1799, foi escritor e dramaturgo romântico, orador, Par do Reino, ministro e secretário de Estado honorário português. Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática. Faleceu em Lisboa a 9 de Dezembro de 1854[7].

      Rua - Começa na rua da Companhia, á direita é curta e de topo, situa-se no antigo lugar da Companhia.

 
                ALMINHAS As Alminhas são padrões de culto aos mortos, hoje consideradas património artístico religioso. São pequenos altares onde se pára um momento para deixar uma oração[8]. Singelo monumento da piedade popular consta essencialmente da representação do purgatório; erguido à beira de caminhos[9].
Em Novelas existem cinco Alminhas ou Nichos;
        
        Bujanda – Situada na estrada que liga Novelas a Penafiel, quase no limite com a cidade. Continua bem tratada, asseada e á noite iluminada com velas. Foi alvo de vários assaltos, para lhe roubarem as parcas esmolas, e, puro vandalismo.
        
        Covilhô – Situada junto ao fontenário com o mesmo nome, de construção recente (1976).

                                                                                     Alminhas do Covilhô

        Folha – Construídas no ano de 1809, perto da quinta com o mesmo nome, no cruzamento dos caminhos Bujanda aos Penedos, e Tulha a Arcozelo de Além. Estiveram durante muitos anos totalmente abandonadas.

                                                          Alminhas da Folha – Foto do Autor

 
    Muito recente mudou de local, mais para o lado da quinta uns quatro ou cinco metros, para beneficiação e alargamento das ruas. As Alminhas sofreram umas obras retirando a já velha e desaparecida pintura do seu interior, substituindo-a por cal e um simples crucifixo.
 
        Ponte – Situa-se junto da ponte de Novelas, e de frente para esta, quem vem para a igreja, junto da parte inferior das escadas.
Todos os dias tem luz de azeite oferta da Alice do Alfredo, que mostra carinho, está muito asseada.
Em tempo, junto da estrada de Carrazedo, ainda não existindo a Rampa da Igreja, hoje rua Divino Salvador, existiu umas alminhas com um pedestal em pedra e a capela em madeira. Não encontrei documentos que confirmem esta versão oral, mas vários Novelenses o confirmaram e outros o desmentiram.
Uma história referente a estas alminhas foi-me contada.
“Quando da sua demolição, ano de (?), e depois da existente já colocada no local onde hoje existe, os homens deitaram abaixo abandonando o painel em madeira, que ficou no meio de lixo e pó, foi então que estando por perto o meu pai, lhes pediu a dita pintura, guardando-a junto de sua cama de maneira, que quando deitado a visse. Meu pai[10] faleceu a rezar e a olhar a pintura que representa as (Almas do Purgatório). Desapareceu não sabe, onde se encontra.
 

                           Alminhas da Ponte – Foto do Autor                                       Nicho de Sagrado Coração de Maria – Foto do Autor
 

        Sagrado Coração de MariaO Imaculado Coração de Maria é uma devoção católica que ganhou grande destaque com as aparições de Fátima. Consiste na veneração do coração de Maria, mãe de Jesus[11].
Construído por peditório na freguesia, e inaugurado no dia 13 de Agosto de 1988, no seu pedestal lado esquerdo tem uma placa que diz, (PATENTE REGISTADA Cod. Mod. – 18266 Nº. 1003049 Data. 1-3-85 DO GRUPO DE ORAÇÃO QUE PROMOVE ESTES MOMUMENTOS), no verão em Maio as novenas são aqui efetuadas, e de quando em vez é local de rezas por devotos, que aí se juntam para orar. Situadas na Rampa da Igreja, muito espaço à sua volta, sempre muito arranjada, bastantes ramos de flores e velas de oferta, tem caixa de esmolas.


                ALTO DA ESTAÇÃO (Lugar; Rua) – Este topónimo é dos mais recentes em Novelas, nasce com o crescer do lugar da Estação, para se separar deste em termos de distribuição do correio.

        Lugar - situado no triângulo formado pelas Quintas do Cerrado, Covilhô e Pinheiro. Como lugar foi extinto com a nova toponímia (rua).

        Rua - Começa em frente da estação do Caminho-de-ferro[12], vai subindo até encontrar a rua da Fonte Velha.

        Alto – Por se encontrar numa elevação de terreno.

        Estação – Por se encontrar perto da linha do Caminho-de-ferro, e da “Estação de Penafiel”, junto a esta denomina-se lugar da Estação.

 

ANGELINO PEREIRA – Manuel Angelino Barbosa Pereira, Poeta, nasceu a 21 de Julho de 1947, em Novelas, escreveu no ano de 1995, o livro de poemas[13].

 

Capa do livro – Foto do Autor

 

            No Prologo do livro escreve o seguinte poema;

                                                          Gastarei o tempo que for preciso
                                                          No tempo que o tempo me dá
                                                          E no tempo do meu pensamento
                                                          Existe o fruto do tempo que sou já.


                 AMÉRICA CARDEAL ROCHA MELO (Escola Cantina) – Esposa do benemérito da Escola e Cantina, Sr. Manuel da Rocha Melo.

        “Foi inaugurada solenemente, no domingo 22 de Novembro[14], na freguesia de Novelas, a Escola Primaria, para ambos os sexos, com a respectiva cantina anexa, instalada num belo edifício recentemente construído, segundo os modernos preceitos de arquitectura e de estética, obra essa, de subido alcance social, generosamente patrocinada e oferecida à terra natal de seus pais, pelo benemérito capitalista e homem de bem Sr. Manuel da Rocha Melo. E, porque desse acto transparece, sem dúvida, o gesto magnânimo dum bairrista consumado que à sua terra muito quer, e os seus antepassados não esquece, os habitantes da freguesia de Novelas primaram em homenagear condignamente aquele seu ilustre conterrâneo, não só organizando festejos brilhantes, como ainda dando a tão vasto monumento de cultura intelectual, o nome de sua esposa.
...um grupo de raparigas, em trajes regionais, cobriu os ilustres visitantes com uma demorada chuva de flores, de mistura com o estralejar de foguetes, ruidosos vivas da assistência numerosa, que ali se comprimia, e ao som dos acordes da banda marcial de Paredes.
E depois do Rev. Abade de Novelas ter benzido a Escola, foi iniciada a sessão solene, cuja mesa era constituída pelos srs. Engenheiro Gomes da Silva, Director Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, presidente, ladeado pelo sr. Rocha Melo; Adriano Mota, Director do Distrito Escolar; P. ͤ  Carlos Pereira Soares, Presidente da Câmara; Adriano Pais Neto e Capitão Couto de Vasconcelos, vereadores.
…Discursaram brilhantemente acerca do objectivo da festa e à benemerência dos homenageados...
Um menino e uma menina, alunos da escola, recitaram cada um o seu discurso, alusivos ao significado da festa.
No final foi distribuído, pelas crianças da escola um suculento almoço, servido pelas senhoras da terra, e confeccionado na respectiva cantina.
Por ultimo o sr. Rocha Melo ofereceu um lauto almoço na sua casa da Tulha, em Novelas, …[15]”.
Escola-Cantina – Situada junto da Igreja e Junta de Freguesia, encontra-se remodelada e com bom aspecto, continua a fornecer refeições. Tem bastantes alunos, funciona aí também o “Jardim Escola[16]”.
“O benemérito Sr. Manuel da Rocha Melo … ofereceu 62.600$00, em títulos de divida pública de 6 ½ por cento ouro, de 1923, para manutenção de cantinas anexas às escolas primárias de Bustelo e Novelas… e 20.000$00 para auxílio da construção dos respectivos edifícios escolares[17]”.
Transcrevo alguns artigos do Decreto, que institui a escola.
“Art. 1º. É o Governo autorizado a aceitar a quantia de £ 2:600, em títulos de divida pública de 6 ½ por cento ouro, de 1923, que o cidadão Manuel da Rocha Melo doa ao Estado para manutenção das cantinas escolares de Bostelo e Novelas e bem assim a de 20.000$ com que o mesmo cidadão contribue para a construção dos respectivos edifícios escolares.
Art. 2º. Essas cantinas receberão, respectivamente, o nome de Cantina da Rocha Melo, de Bustelo, e Cantina da Rocha Melo, de Novelas.
Art. 4º. Tais fundos são administrados pela Câmara Municipal de Penafiel, por intermédio de comissões de três membros por ela nomeados entre os homens bons do concelho, para cada uma das duas cantinas.
§ 1º. Os membros dessas comissões serão nomeados por um ano. Poderão porém ser reconduzidos por igual período no caso de se verificar a sua boa administração[18]”.


                AMÉRICO (Padre; Rua) – “Américo Monteiro de Aguiar, nasceu a 23 de Outubro de 1887 na freguesia de S. Salvador de Galegos, Concelho de Penafiel, tendo sido baptizado em 4 de Novembro do mesmo ano. Faleceu a 16 de Julho de 1956[19].
Frequentou o Ensino Primário na sua terra natal, transitando, em 1898, para o Colégio do Carmo, em Penafiel, e no ano seguinte para o Colégio de Santa Quitéria, em Felgueiras. Terminado o liceu, em 1902, emprega-se, no Porto, numa loja de ferragens.
Foi um importante benfeitor da igreja que dedicou a sua vida aos mais carenciados, principalmente aos jovens, que se traduziu em inúmeras realizações, das quais a mais conhecida e relevante é a Casa do Gaiato.
Em 1956, morre vítima de acidente de viação. O seu processo de glorificação canónica teve início em 1986[20].

        Rua – Começa junto à rua do Monte, passa pelo meio do Bairro Padre Américo termina ao encontrar a rua do Ferreirim.
A junta de freguesia tenciona abrir uma rua, no seguimento da rua Padre Américo, até à rua da Ponte, dando assim ligação direta à estação.

 

                AMORES (Ilha) – Junto á Ponte de Novelas lado nascente, margem esquerda do rio, uma porção de terreno a que os Novelenses chamam “Ilha dos Amores”, local aprazível para passar umas boas horas à sombra de velhos amieiros. Hoje não é possível, devido ao mau acesso que se verifica, e á poluição das águas e zonas próximas.

        Ilha dos Amores - Talvez tenha tomado este nome devido aos namorados a procurarem para fazerem as “juras de amor”.
    O lendário comboio a vapor da extinta Companhia de Caminho de Ferro Penafiel á Lixa e Entre-os Rios, “transportava na época balnear pessoas para tomarem banhos nas límpidas águas do Sousa, estas vinham de manhã trazendo os farnéis, deliciando-se nesta maravilhosa porção de terreno[21].
É propriedade de Manuel Teixeira, “Neca Papalvo”.

 

                ANTÓNIO NOBRE (Rua) – António Pereira Nobre, Poeta, nasceu a 16 de Agosto de 1867 na cidade do Porto, faleceu a 18 de Março de 1900, na foz do rio Douro[22].

A obra mais conhecida é o “SÓ”, no poema (Viagens na Minha Terra), Novelas é recordada quando ainda moço por aqui passava com a sua família.
 
                                                            E, na subida de Novelas,
                                                            O rubro e gordo Cabanelas
                                                            Dava-me as guias para a mão:
                                                            Isso...queriam os cavalos!
                                                            Que eu não podia chicotialos...
                                                            Era uma dor de coração.


         Encontra-se um busto deste jovem poeta no Jardim da Avenida, na cidade de Penafiel.

        Rua – Começa junto ao depósito de água[23], da estação do Caminho de Ferro, termina no limite da freguesia, no antigo caminho Novelas Convento de Bustelo.

                AQUILINO RIBEIRO (Rua) – “Aquilino Ribeiro, escritor, nasceu a 13 de Setembro de 1885, na freguesia de Carregal de Tabosa, concelho de Sernancelhe, filho de Mariana do Rosário Gomes e do padre Joaquim Francisco Ribeiro. Faleceu a 27 de Maio de 1963[24]

        Rua – Tem o seu início na rua da Ponte. Situada na sua totalidade no lugar das Enxurreiras, por doação para domínio publico, conforme proposta apresentada pela junta de freguesia, de 30 de Março de 2006 á Assembleia de Freguesia realizada a 28 de Abril de 2006, e, aprovada por unanimidade.
Por proposta da Junta de Freguesia, foi aprovado o nome de Rua Aquilino Ribeiro, na assembleia de freguesia realizada no dia 28 de Setembro de 2007, e, aprovada por unanimidade[25].

 
                ARCOZELO DE ALÉM (Lugar; Rua) – Arcozelo é a forma diminutiva de arco.

        Além - Mais longe.

        Lugar – No limite da freguesia com a de Penafiel e S. Tiago de Subarrifana, perto da Quinta da Folha. Foi extinto com a nova Toponímia Novelense.

        Rua – Inicio junto da estrada nacional 106, onde se encontra as bombas de gasolina, desce até cruzar a rua de Bujanda, segue pelo meio das casas descendo até encontrar o caminho Novelas à Senhora da Guia (Rua das Fontainhas), encontrando este muito perto da casa da Folha.
 
                ARCOZELO AQUÉM (Lugar) – Arcozelo é a forma diminutiva de arco.

        Aquém – mais perto

        Lugar – Junto á estrada nacional, nas imediações da quinta da Tulha, quem vai para Bujanda, foi extinto com a aprovação na Assembleia de Freguesia da nova toponímia.

 

ARRIFANA DO SOUSA ILUSTRADA Obra escrita e ilustrada em 1776, por João de Meireles Beça, Padre da Freguesia de Novelas.

Diz, Abílio Miranda[26], que a procurou por todo o lado mas nunca a encontrou.

Há vários historiadores que se referem a esta obra, mas os mais novos nunca a viram, nesta obra e segundo o seu título, e com a paciência de “padre”, em escrever e ilustrar as terras de Arrifana, para a história desta freguesia seria um grande achado, pois com certeza aí se encontram algumas ilustrações desta freguesia.

 

                ARADOS DA MUSICA (Grupo de Música Popular Portuguesa) – Num inquérito respondido para a Câmara Municipal de Penafiel, e a pedido desta, datado de 29 de Março de 1990, diz que a constituição da associação foi a 26 de Julho de 1986 e os seus Estatutos aprovados a 14 de Dezembro de 1987, com o número 501959580 de Pessoa Coletiva, valido até 20 de Abril de 1991.

Com uma duração de dois a três anos, como nasceu assim acabaram, sem grande êxito interno (Freguesia), e fora da terra muito poucas atuações.

 

                ASSOCIAÇÃO(ÕES) (Rua) - Ato de associar-se. Reunião de pessoas para um fim comum[27].

        No rol das Associações Culturais do Concelho de Penafiel do ano de 2013, constam as seguintes: GTN[28] - Grupo de Teatro de Novelas, sede na rua Divino Salvador, 51 -4560 Novelas; APDFN[29] - Associação Para o Desenvolvimento da Freguesia de Novelas, sede na rua Divino Salvador, 51 4560-072 Novelas; ARN[30] - Associação Recreativa Novelense, sede na rua da Associação, 55 4560-662 Novelas; AARIS[31] - Associação dos Amigos do Rio Sousa, sede na rua Fonte Velha, 140 4560-286 Novelas.

        Rua - Existe nesta rua a Associação Recreativa Novelense, é esta que lhe dá o nome. Começa na Avenida 25 de Abril, junto á ponte e termina nas cancelas da passagem de nível encerrada[32] ao trânsito rodoviário, é rua de topo. Situada na sua totalidade no extinto lugar da Ponte.

            ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA FREGUESIA DE NOVELAS – Fundada a 21 de Agosto de 1986, por escritura no Cartório Notarial de Penafiel.
Assinam esta escritura; Carlos Alberto Miranda Monteiro; António Correia de Sousa; António da Rocha; António da Silva Meireles; José de Oliveira Malheiro; Joaquim Pinto Mendes; António Pinto Mendes; Abílio Adriano da Rocha; Fernando Manuel da Silva Leal; José Barbosa Moreira e António da Rocha Barbosa.
A última alteração dos Estatutos, foi em Assembleia Geral de 20 de Junho de 2003. Os corpos gerentes são constituídos por três órgãos; Assembleia Geral, Direção e Conselho Fiscal.
Ao longo dos seus vinte poucos anos, os Presidentes da Direção foram apenas dois, António da Silva Meireles e atualmente Joana Gabriela Moura Ferreira.
É objetivo desta Associação, conforme diz o art.º 3 dos Estatutos, a criação de um centro de dia para a terceira idade; apoio domiciliário; jardim infantil e lar para a terceira idade, para estas valências adquiriu o imóvel conhecido por “Estalagem Rio Sousa”.
Tradição nesta coletividade a realização das seguintes atividades; Colóquios, Desfolhada, encontro de Novelenses, visitas culturais, comemorações do 25 de Abril, etc.

         ASSOCIAÇÃO RECREATIVA NOVELENSEFundada a 9 de Junho de 1972, a primeira sede foi na estrada de Carrazedo[33], tendo sido transferida no primeiro dia de 1973 para o lugar da Ponte[34], onde hoje se encontra.

 

Brasão da Associação Recreativa Novelense

 

A história da Associação, face todos os dias com as vitórias e participações dos seus atletas nas muitas modalidades desportivas e culturais, que ao longo de muitos anos souberam levar bem longe o bom nome de Novelas.

1º. Acto de Posse da A. R. N.

     Ténis de Mesa[35], Futsal, Pesca Desportiva[36], Ciclismo, Atletismo, Ginástica, Xadrez, Colóquios, Teatro, festa de Natal para as crianças, título de campeão do torneio de futebol “Bola de Neve”, edição de vários títulos de Jornais, e tantas outras iniciativas que as muitas Direções souberam levar a efeito.

             É a associação mais antiga da freguesia de Novelas.

 

            AVENTUREIRAS (Quinta) – Aventureiras, aquelas que procura aventura, pessoa temerária, aquela que vive de negócio suspeito e de expediente[37]. Talvez em tempos passados tenha vivido aqui aventureiro ou aventureira.

        Quinta - Situada no lugar da Ranha, no limite da freguesia. O seu último caseiro foi o Sr. Augusto das Aventureiras.

 

Novelas Julho de 2008

Novelas, maio 2010

 

                                                   Joaquim Pinto Mendes, 

                                              Novelas, 11 de dezembro de 2020

                                                   jornalagalga@gmail.com

 

[1] Fundado na cidade de Penafiel a 01-01-1878

[2] Reunida em livro existente na Biblioteca Municipal de Penafiel

[3] Penafidel nº. 3 - 2º Série 1965-Boletim da Comissão Municipal de Cultura de Penafiel

[4] Temas Penafidelenses Volume I, de António Gomes de Sousa e Manuel Ferreira Coelho.

[5] Dicionário Prático Ilustrado, Lello & Irmão-Editores, pagina 1090.

[6] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

[7] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

[8] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

[9] Grande Enciclopédia do Conhecimento, volume I  página 100.

[10] Versão oral de Alice do Alfredo.

[11] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

[12] Fechada ao serviço de passageiros a 30 de Setembro de 2001

[13] “No conto do meu poema” - livro cedido gentilmente por António da Silva Meireles.

[14] De 1936

[15] Jornal “O Tempo” ano VII, nº. 48 de 6 de Dezembro de 1936, página 2- Museu Municipal de Penafiel.

[16] Instalações da antiga Casa da Lenha.

[17] Jornal “O Tempo” ano VII, nº. 46 de 22 de Novembro de 1936, pagina 2 – Museu Municipal de Penafiel.

[18] Decreto Nº. 21:158 de 16 de Maio de 1932, publicado no Diário do Governo nº. 116.

[19] Temas Penafidelenses Volume I, página de 19, de António Gomes de Sousa e Manuel Ferreira Coelho.

[20] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

[21] O Caminho de Ferro de Penafiel à Lixa e Entre-os-Rios, de José Fernando Coelho Ferreira.

[22] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

[23] Demolido quando da duplicação da linha do Douro.

[24] Pag. Internet - Centro Virtual Camões – Figuras da Cultura Portuguesa

[25] Ver Ata da Assembleia de Freguesia nº. 8, de 28 de Setembro de 2007.

[26] Ver Abílio Miranda.

[27] Dicionário Prático Ilustrado, Lello & Irmão-Editores.

[32] Substituída por passagem aérea aquando da duplicação da linha do Douro.

[33] Hoje Rua da Ponte Nº. ??.

[34] Ver (Associação – Rua).

[35] Vários títulos Nacionais e Regionais em várias categorias, uma taça de Portugal.

[36] Campeão de Pesca à Truta com Engodo Natural.

[37] Dicionário Prático Ilustrado, Lello & Irmão-Editores.

06 novembro 2020

       NOVELAS no seu melhor.....


           Afinal o que é o "Ginço"

            Novelas, deve ser a única freguesia que na sua toponímia tem um nome que não existe.

            Afinal o que é o "Ginço"., não sei e não compreendo tal palavra tendo procurado em muitos dicionários, palavra não existe.

            Fica aqui o pedido, para quem souber o que é o "GINÇO", faça o favor......

Abraço

jpitomendes






17 maio 2020

Já é História (X) - Jornais
O Novelense - junho 1994

22º. Aniversario ARN

                   VAMOS  HOJE ATÉ 1994 : 
                   Andar de comboio e ver as Comemorações do 22º Aniversário da A.R.N.
                O Jornal “O NOVELENSE”,  junho de 1994 (3ª série Nº1), traz o seguinte noticiário, para    darem uma vista d´olhos!
                   O Editorial da Direção;
                   A colaboração da EP Paredes com a A.R.N.
           A época d´oiro do TÉNIS de MESA, com a equipa liderada por F. Malheiro e todos os campeões.
                  NOVELAS  centro do  Caminho Ferro- a História
                  Programa das Comemorações
                  O SORTEIO da Casa “Barros e Silvestre Ldª”
                  A compra da carrinha
                  Os resultados das Eleições Europeias
                  Notícias do Ténis de Mesa e da Pesca Desportiva
                  Quem ofereceu os Fatos de Treino para o Ténis de Mesa?
                                                                                                        DESEJO  DE  BOAS  LEITURAS…





16 maio 2020

Já é História VII - Novelas           
JOSÉ do MURO

                 Segundo reza a história e assim, até prova em contrario é a verdadeira, o Padre António Maria Domingues da Fonseca que paroquiou a freguesia de Novelas de (06-01-1934 a 07-08-1949), alem de uma boa obra que por sua iniciativa a Igreja Paroquial de Novelas mudou de lugar de uma junto do Cemitério para aquela que hoje conhecemos como Igreja de Novelas.
    Mas ao mesmo tempo não teve a inteligência de preservar a igreja (Velha), tal como hoje a chamamos mas que não existe, e assim sendo não poderá ser chamada de Igreja Velha , como também a rua do mesmo nome, pois para ser velha tem de existir, e se não existe deveria ser chamada de (Rua da Igreja que não existe) ou então de (Rua que alguns Novelenses deitaram abaixo).
      É por estas e por outras que dizem que alguns Novelenses andam por aí a "tulher" durante a noite e outras durante o dia, isto não sei se é verdade nunca vi, mas que o dizem, lá isso dizem.
      Mas voltemos ao assunto do titulo, "José do Muro", por recolha oral o dito Padre deixou para os vindouros Novelenses escrito o poema. E hoje o mesmo é declamado, cantado, sempre que duma reunião de amigos (Novelenses) a volta de uma velha caneca já com a bordas todas sujas dos beijos de seus amigos o querem cantar.

O José do Muro
É um rapaz seguro
E grande brincalhão

De vara na mão
Dá animação
À rapaziada

Se ele se vai embora
Toda a gente chora
E não é p´ra rir

Se o deixam ir
Lá se vai de menos
Uma guitarrada

Novelas é um jardim
E não há no mundo 
Um lugar assim

Flores pelos montes
Regatos e fontes
Águas cristalinas

Formosas meninas
Outras coisas finas
Tudo de mais puro

E um belo rio
Por onde em quente estio
Nos vamos banhar

Umas vezes dançar
Outras vezes cantar
O José do Muro

Novelas é um jardim
E não há no mundo 
Um lugar assim.

"Recolha do Padre António Fonseca"

Agora para terminar vamos todos cantar o José do Muro.



30 abril 2020

                   
Já é História (IX) - Jornais
"O Novelense - junho de 87"
15º. Aniversário

1987 – JORNAL “O NOVELENSE”

                   15º Aniversário da A.R.N. (fundada em 9.6.1972)
                   LER e Recordar são boas razões para esta publicação aqui
                   Sumário deste Jornal (10 páginas)
                   Editorial - 15º Aniversário – Manuel Barros
                   Passeio – Convívio em 8 julho 87
                   Eleições na ARN – 25 de julho
                   O roubo do Vídeo da ARN
                   Vale a Pena Ler – várias rubricas
                   Ano Europeu do Ambiente – Zé de Moura
                   Cantinho de Poesia -  Poeta popular: Eduardo Francisco
                   Desenho – Sónia Marisa
                   Aniversário da EDP –Napoleão Monteiro
                   É notícia – Futebol
                   Um poema ao futebol –Zé da Bola
                   Viva Voz “É sempre possível caminhar em frente” – A.B. (assinado por quem?)
                   Estar Informado - “Árvore” e o “Rio”
                   Daqui e Dali-Perguntas para Alguém; Passatempos; “Ponto de Vista”-Manuel Barros
                   Palavra aos Sócios-“Zeca Afonso” por Manuel Barros;Dia Mundial da Criança –A.G.
                  JORNAL DAs ESCOLAs-“Festas Populares”- Maria Augusta (12 anos);”Rio Sousa”- Alcino            Jorge(10 anos); “A Poluição”-Maria Glória Silva Costa;  Poesia de José Manuel (9 anos).
                   Exposição de Trabalhos na ARN- vários; Adivinhas de Raul José.













27 abril 2020




Arquivo Municipal de Penafiel

Já é História I - Arquivo Municipal de Penafiel

 A Capela do Hospital 
e os
 Senhores da Quinta da Folha

Nenhuma descrição de foto disponível.                      Em meados do século XVII, novos tempos se assinalam na Capela do Senhor do Hospital.
Um legado de missa quotidiana, imposto nesta capela por Dona Ana de Meireles, viúva de António Vaz Ferreira (antigo provedor da Misericórdia) e Senhor da Quinta da Folha, na freguesia de Novelas, vai dar-lhe um novo brilho.
A 27 de setembro de 1648, Dona Ana de Meireles e seu filho, Frei José de Meireles, efectuaram um contrato com a Misericórdia, pelo qual lhe ofereceram a sua Quinta da Folha, propriedade avaliada em 600 mil réis. Em troca, a Santa Casa deveria dar-lhes a Capela do Hospital. No entanto, a confraria deveria continuar a provê-la de cera e paramentaria, à custa dos rendimentos da dita Quinta.
A Capela ficaria como panteão da Dona Ana de Meireles, seus herdeiros e descendentes de seus irmãos, Jerónimo de Meireles e Dona Ângela de Meireles e marido. Neste contrato, Frei José de Meireles doou, ainda, 20 mil réis para ajudar a colocar um retábulo no altar-mor da capela e uma cruz de prata que servia de relicário para o Santo Lenho, com obrigação de a colocarem no altar-mor da capela.
Desta forma, os corpos encontrados dentro da capela serão, provavelmente, de Dona Ana de Meireles e seu filho, Frei José de Meireles, ou dos irmãos de Dona Ana, cunhados/cunhadas ou seus descendentes…
           Cf. FERNANDES, Paula Sofia - O Hospital e Botica da Misericórdia de Penafiel (1600-1850). Penafiel: Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, 2016
            Imagem 2 - Contrato que fizeram o Provedor e irmãos da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel com Dona Ana de Meireles e seu filho, o Reverendo Pe. Frei José de Meireles.
Cf. SCMP/C/D/002/Lv.08, fls 11-13.

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