16 maio 2020

Já é História VII - Novelas           
JOSÉ do MURO

                 Segundo reza a história e assim, até prova em contrario é a verdadeira, o Padre António Maria Domingues da Fonseca que paroquiou a freguesia de Novelas de (06-01-1934 a 07-08-1949), alem de uma boa obra que por sua iniciativa a Igreja Paroquial de Novelas mudou de lugar de uma junto do Cemitério para aquela que hoje conhecemos como Igreja de Novelas.
    Mas ao mesmo tempo não teve a inteligência de preservar a igreja (Velha), tal como hoje a chamamos mas que não existe, e assim sendo não poderá ser chamada de Igreja Velha , como também a rua do mesmo nome, pois para ser velha tem de existir, e se não existe deveria ser chamada de (Rua da Igreja que não existe) ou então de (Rua que alguns Novelenses deitaram abaixo).
      É por estas e por outras que dizem que alguns Novelenses andam por aí a "tulher" durante a noite e outras durante o dia, isto não sei se é verdade nunca vi, mas que o dizem, lá isso dizem.
      Mas voltemos ao assunto do titulo, "José do Muro", por recolha oral o dito Padre deixou para os vindouros Novelenses escrito o poema. E hoje o mesmo é declamado, cantado, sempre que duma reunião de amigos (Novelenses) a volta de uma velha caneca já com a bordas todas sujas dos beijos de seus amigos o querem cantar.

O José do Muro
É um rapaz seguro
E grande brincalhão

De vara na mão
Dá animação
À rapaziada

Se ele se vai embora
Toda a gente chora
E não é p´ra rir

Se o deixam ir
Lá se vai de menos
Uma guitarrada

Novelas é um jardim
E não há no mundo 
Um lugar assim

Flores pelos montes
Regatos e fontes
Águas cristalinas

Formosas meninas
Outras coisas finas
Tudo de mais puro

E um belo rio
Por onde em quente estio
Nos vamos banhar

Umas vezes dançar
Outras vezes cantar
O José do Muro

Novelas é um jardim
E não há no mundo 
Um lugar assim.

"Recolha do Padre António Fonseca"

Agora para terminar vamos todos cantar o José do Muro.



30 abril 2020

                   
Já é História (IX) - Jornais
"O Novelense - junho de 87"
15º. Aniversário

1987 – JORNAL “O NOVELENSE”

                   15º Aniversário da A.R.N. (fundada em 9.6.1972)
                   LER e Recordar são boas razões para esta publicação aqui
                   Sumário deste Jornal (10 páginas)
                   Editorial - 15º Aniversário – Manuel Barros
                   Passeio – Convívio em 8 julho 87
                   Eleições na ARN – 25 de julho
                   O roubo do Vídeo da ARN
                   Vale a Pena Ler – várias rubricas
                   Ano Europeu do Ambiente – Zé de Moura
                   Cantinho de Poesia -  Poeta popular: Eduardo Francisco
                   Desenho – Sónia Marisa
                   Aniversário da EDP –Napoleão Monteiro
                   É notícia – Futebol
                   Um poema ao futebol –Zé da Bola
                   Viva Voz “É sempre possível caminhar em frente” – A.B. (assinado por quem?)
                   Estar Informado - “Árvore” e o “Rio”
                   Daqui e Dali-Perguntas para Alguém; Passatempos; “Ponto de Vista”-Manuel Barros
                   Palavra aos Sócios-“Zeca Afonso” por Manuel Barros;Dia Mundial da Criança –A.G.
                  JORNAL DAs ESCOLAs-“Festas Populares”- Maria Augusta (12 anos);”Rio Sousa”- Alcino            Jorge(10 anos); “A Poluição”-Maria Glória Silva Costa;  Poesia de José Manuel (9 anos).
                   Exposição de Trabalhos na ARN- vários; Adivinhas de Raul José.













27 abril 2020




Arquivo Municipal de Penafiel

Já é História I - Arquivo Municipal de Penafiel

 A Capela do Hospital 
e os
 Senhores da Quinta da Folha

Nenhuma descrição de foto disponível.                      Em meados do século XVII, novos tempos se assinalam na Capela do Senhor do Hospital.
Um legado de missa quotidiana, imposto nesta capela por Dona Ana de Meireles, viúva de António Vaz Ferreira (antigo provedor da Misericórdia) e Senhor da Quinta da Folha, na freguesia de Novelas, vai dar-lhe um novo brilho.
A 27 de setembro de 1648, Dona Ana de Meireles e seu filho, Frei José de Meireles, efectuaram um contrato com a Misericórdia, pelo qual lhe ofereceram a sua Quinta da Folha, propriedade avaliada em 600 mil réis. Em troca, a Santa Casa deveria dar-lhes a Capela do Hospital. No entanto, a confraria deveria continuar a provê-la de cera e paramentaria, à custa dos rendimentos da dita Quinta.
A Capela ficaria como panteão da Dona Ana de Meireles, seus herdeiros e descendentes de seus irmãos, Jerónimo de Meireles e Dona Ângela de Meireles e marido. Neste contrato, Frei José de Meireles doou, ainda, 20 mil réis para ajudar a colocar um retábulo no altar-mor da capela e uma cruz de prata que servia de relicário para o Santo Lenho, com obrigação de a colocarem no altar-mor da capela.
Desta forma, os corpos encontrados dentro da capela serão, provavelmente, de Dona Ana de Meireles e seu filho, Frei José de Meireles, ou dos irmãos de Dona Ana, cunhados/cunhadas ou seus descendentes…
           Cf. FERNANDES, Paula Sofia - O Hospital e Botica da Misericórdia de Penafiel (1600-1850). Penafiel: Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, 2016
            Imagem 2 - Contrato que fizeram o Provedor e irmãos da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel com Dona Ana de Meireles e seu filho, o Reverendo Pe. Frei José de Meireles.
Cf. SCMP/C/D/002/Lv.08, fls 11-13.

Nenhuma descrição de foto disponível.

24 abril 2020


Já é História (VI - Novelas)            REGEDOR
de
NOVELAS
             
             A reforma administrativa de Mouzinho da Silveira de 1832, levaram à introdução da freguesia ou paróquia civil, como subdivisão administrativa do concelho. Cada paróquia teria um órgão de administração local eleito a Junta de Paróquia e um magistrado administrativo representante da administração central o ''Comissário de Paróquia''.
O Código Administrativo de 1836, substituiu o comissário de paróquia pelo Regedor, com competências semelhantes.
Essencialmente, os Regedores garantiam a boa aplicação das leis e dos regulamentos administrativos e exerciam a autoridade policial no território da freguesia.
O decreto de 20 de julho de 1842 estabeleceu que o uniforme dos regedores seria uma casaca azul, com um ramo de carvalho de ouro bordado em cada uma das golas, colete de casimira branca, calças azuis, botas e chapéu redondo. A casaca e o colete teriam botões com as Brasão de Armas de Portugal, Armas Reais. O chapéu teria o laço (insígnia) laço nacional e uma presilha preta, na qual estaria gravado o nome da freguesia.
Uma das principais funções dos regedores era a de policiamento da freguesia. Para os auxiliarem nas suas funções policiais, os regedores tinham às suas ordens, funcionários designados "cabo de polícia". A importância dos cabos de polícia foi diminuindo, à medida que se foram alargando as áreas de intervenção da Polícia Cívica, depois Polícia de Segurança Pública nas áreas urbanas e, mais tarde, da Guarda Nacional Republicana nas áreas rurais.
A última regulamentação dos regedores foi estabelecida pelos códigos administrativos de 1936 e de 1940. Incumbia aos regedores: cumprir e fazer cumprir as ordens, deliberações e posturas municipais e os regulamentos de polícia, levantar autos de transgressão sempre que necessário, auxiliar as autoridades policiais e judiciais sempre que necessário, agir de modo a garantir a ordem, a segurança e a tranquilidade públicas, auxiliar as autoridades sanitárias, garantir os regulamentos funerários, mobilizar a população em caso de incêndio e cumprir outras ordens ou instruções emanadas do presidente da câmara municipal.
A figura do regedor de freguesia foi extinta na sequência da introdução da Constituição da República Portuguesa de 1976.


LISTA DE REGEDORES
da
FREGUESIA DE NOVELAS

Século XX


                   Nome:                             Dia tomada de Posse    Obs
António Moreira Garçês
14.10.1902

João Baptista Ferreira
02.01.1905

António Moreira Garçês
26.04.1906

Leopoldo de Souza e Silva
20.03.1907

Joaquim António Rella
09.12.1908

João Baptista Ferreira
14.11.1910

Augusto Soares Constante
20.05.1916

José de Souza
22.02.1021

João Baptista Ferreira
28.11.1921

António Alves Ferreira
28.07.1924

Torcato de Souza Netto
27.02.1926

António Alves Ferreira
26.06.1926
a)
Hermínio Soares Constante
09.03.1927
a)
Américo de Souza Meireles
27.04.1931
a)
Laurindo Moreira
22.05.1933
a)
António Mendes
25.11.1935
b)
Augusto José Lopes
28.02.1938
a)
Joaquim Moreira
28.02.1938
b)
Angelo Coelho
10.05.1938
a)
Angelo Coelho
07.07.1943
b)
António Mendes
22.02.1949
a)
António Ribeiro de Souza
15.01.1951
a)
António Joaquim Rodrigues
23.02.1961
a)
Alfredo de Sousa Teixeira
28.01.1972
a)
Fernando do Couto Rocha Melo
28.01.1972
b)

a)    – Regedor efectivo
b)    – Regedor substituto
Lista elaborada por:  jpintomendes - trabalho feito com base nas actas da Camara Municipal, Jornais da época, internet, e o texto “Regedor – Wikipédia, a enciclopédia livre.url”

Novelas, 17 de junho de 2017
jpintomendes@gmail.com

23 abril 2020

Já é História V - Novelas                         POETA NOVELENSE

ZÉ VENDEIRO

              No dia 23 de março comemora-se o DIA MUNDIAL do LIVRO
              No dia 21 de março é o DIA da POESIA
              Todos os dias são, ou deviam ser,  para cada um, DIA  de LEITURA
              O  cidadão Novelense  ZÉ  VENDEIRO cultivou a arte de escrever e fazer poesia.
              Não conhecemos toda a obra que terá produzido, nem tão pouco se a sua família
        a tem reunida.
              Zé Vendeiro  gostava de partilhar a sua poesia no Jornal “ O NOVELENSE”.
              Recordamos aqui alguns versos seus e os seus manuscritos:

                 Zé Vendeiro, é o pseudónimo de José Mendes, nasceu no dia 18 de abril de 1915, no lugar de Portela do Monte em Santa Marta - Penafiel, era filho de António Mendes e de Maria de Souza, faleceu em Novelas no dia 26 de abril de 1992 



         Para melhor leitura
(sem título)

Sou pobre mas sou honrado
Peço o pão a quem o tem
Vivo com o que me é dado
Não roubo nada a ninguém

Sou um pobre mendigo
Mas o mendigo não é feio
Feio é como eu digo
Deitar a mão ao alheio
                                                                                              Zé Vendeiro


“As Avezinhas”

Quais as aves mais pobrezinhas
Que são mesmo pobres de todo?
São as pobres andorinhas
Que dormem em camas de lodo!


Outras há pobres tão pequeninas
Mas são ricas no seu jeito
São as pequenas carricinhas
Que fazem o ninho bem feito


O rouxinol canta a aurora
A coruja a noitinha
O melro a qualquer hora
Quando papa a bichinha


Não fazeis mal às avezinhas
Que só procuram comida
Por ser pobres coitadinhas
Também tem direito à vida.
                                                                                                 Zé Vendeiro