APONTAMENTOS
O propósito é lembrar alguns nomes de lugares, quintas, ruas, presas, caminhos e nomes esquecidos no tempo, que, com a nova toponímia foi perdendo sentido nomeadamente nos mais novos.
Hoje publico a letra
M
MAIO (Avenida 1º de) –
Comemora-se nesta data o “ Dia do Trabalhador “, é Feriado Nacional desde 1974,
um pouco por todo o país fazem-se manifestações sindicais, culturais e
desportivas.
Avenida - Tem o seu inicio na passagem de nível,
o seu traçado é na totalidade o da estrada nacional nº 106, e nos extintos
Lugares das Cancelas, Ganchas, Penedos, terminando junto á casa do Muro.
MALHEIRO (José de Oliveira) –
José de Oliveira Malheiro, nasceu a ??????, na freguesia ??, concelho de ????, funcionário da EDP- ??,
presidente da Junta de Freguesia de Novelas, eleito nas primeiras eleições
depois do 25 de Abril, em Dezembro de
1976, foi também presidente da Associação Recreativa Novelense, sócio fundador
e presidente da Associação Para o Desenvolvimento da Freguesia de Novelas.
MANTEIGA (Casa da) – Ver melhor
MARCOS (Fornelos;
Bujanda; Pinheiro; Covas; Leiras; Senhora da Guia; Sorte do Marco) –
Marco de Fornelos – Foto do autor
Existe neste local, um terreno vedado que no
portão tem escrito “Casa de Fornelos”. Lembro-me de meus familiares “Pais e Avós”,
trabalharem um campo, naquele local e o mesmo ser conhecido por “Campo de Fornelos”.
Bujanda – Junto ao muro da Elétrica, de frente
da saída da Autoestrada, encontra-se um marco divisório de freguesias (Novelas
e Penafiel), pelo ano de 1980 encontrava-se deitado. Hoje encontra-se numa
posição inclinada para o lado de Bustelo.
Hoje com o alargamento da estrada 106, e a saída da Autoestrada, encontra-se a quatro ou cinco metros da berma. Lembro-me de existir mais ou menos nesse local e junto da estrada uma placa com a indicação “NOVELAS”.
Pinheiro – Junto do portão da quinta do
Pinheiro, lado direito existe um marco eclesiástico, encontra-se no chão.
Covas – Desde sempre ouvi falar neste marco,
nunca o vi. Dizia-se que o caseiro da quinta comia em Novelas e dormia em
Lodares, ou vice-versa…….
Senhora da Guia – Por várias vezes me
desloquei a esses montes, com várias pessoas, mas ao chegar nunca foram capazes
de dizer o local. No verão de 2007, numa visita feita para me mostrarem o dito
marco, mais uma vez fiquei pelo que já sabia, no entanto foi afirmado que seria
no local onde nos encontramos, vimos apenas uma pedra que poderá ser ou não.
Leiras – Lembro-me de quando mais novo ia ao
futebol, utilizando o caminho pela Carreira de Tiro, existir uma pequena pedra
onde várias vezes ouvi dizer (aqui termina Novelas). Essa pedra[1],
ficava entre o acabar da Carreira de Tiro e o Campo de Futebol, do lado
esquerdo.
Sorte do Marco – Por várias vezes
tentei encontrar este marco, não o tendo conseguido.
Marco situado na “Sorte do Marco”
Colecção do autor
MANUEL
JOAQUIM RODRIGUES
– Poeta, escritor e jornalista, nasceu em Novelas a 12 de Dezembro de 1930, a 1
de Dezembro de 1954 chega ao Brasil, onde se
licenciou em Contabilidade e Ciências Jurídicas[2]. É irmão de António Joaquim Rodrigues,
mais conhecido por “Rodrigues de Bujanda”.
Fotografia e página de apresentação do livro[3]
MELOTE (Lugar; Rua) – Veio-nos pelo Grego “meloté”, “pele de
carneiro com pêlo”. Por extensão, local onde se expunham as mesmas para
secagem. Pode, ainda, tratar-se de apelido virado topónimo[4].
Lugar – Este lugar já conhecido em 1758,
descrito nas Memórias Paroquiais desse ano, situa-se no limite com a freguesia
de Santa Marinha de Lodares, ao lado direito da estrada nacional, esta
freguesia também tem o lugar de Melote, junto ao de Novelas.
Foi extinto como lugar pela nova toponímia
(ruas) Novelenses.
Rua – Com inicio a norte do lugar da Ranha, junto
da estrada nacional, desce logo no seu começo terminando no limite da
freguesia.
MOINHO (Rua) – Engenho de moer
cereais, composto por uma ou mais mós, accionados por água, encontram-se junto
a rios e ribeiros.
Em Novelas existem dois moinhos, um do lado
esquerdo, outro do direito, junto à Levada[5], e Ponte. O do lado esquerdo não
funciona, serve de arrumos, de casa particular, em tempos idos servia para os
rapazes jogarem jogos a dinheiro.
Moinho da Ponte de Novelas – Fotos do
autor
O Moinho da Ponte de Novelas, foi recentemente
sujeito a restauro, depois de um temporal o ter danificado bastante,
encontra-se a funcionar com duas mós, e outra desactivada, servindo de mostra a
quem o visita. Esta estrutura faz parte do Museu Municipal de Penafiel, e por protocolo[6]
gerido pela Junta de Freguesia.
Rua – É pequena e de topo, situa-se junto da Ponte
de Novelas, e dá acesso ao moinho da Ponte.
Termina com um portão de acesso a um parque de
lazer particular, instalado em terrenos da quinta do Cabo, o seu proprietário
Sr. Magalhães e sua esposa, empresta este para que famílias e outras entidades
possam desfrutar das suas boas sombras, para aí fazem os seus convívios.
MONTE (Quinta; Lugar; Rua) – Terreno inculto situado acima do cultivado,
coberto de mato e arvoredo[7].
Existe uma elevação de terreno com o mesmo nome, com 193 metros.
Quinta – Situada no lugar do Monte, junto ao
lugar de Chaves, hoje já nada existe, todo o terreno e casas foral ocupadas
pelo Bairro Habitacional, nas suas traseiras está neste momento a construir-se
o Pavilhão Gimnodesportivo de Novelas. O seu último caseiro foi o Sr. Melo do
Monte. Como quinta foi abandonada antes de 1980.
Lugar – Formado pela casa da quinta e algumas
casas na parte Oeste do lugar de Chaves. Como lugar foi extinto com a nova
toponímia (ruas) Novelense.
Rua – Tem o inicio na parte Norte do Bairro
Habitacional, junto à rua de Outeiro de Velhas, todo o seu trajecto faz parte
do caminho que vem de Santa Marinha de Lodares, e segue a S. Tiago de
Subarrifana, era conhecido por Caminho
Largo[8].
MURO (Casa) – Construção em
pedra ou outro material, para vedar ou dividir terrenos.
Casa – Faz quina entre a Avenida 1º. de Maio e a
rua das Fontainhas. Situa-se perto da casa da Tulha.
Novelas Julho de 2008
Novelas, maio 2010
jornalagalga@gmail.com
[1] Por vezes a memória
atraiçoa-nos.
[2] Temas Penafidelenses
Volume III, pagina131, de António Gomes de Sousa e Manuel Ferreira Coelho.
[3] Livro gentilmente cedido
por José Barbosa Moreira “Zé Sobreira”, sobrinho do autor.
[4] Temas Penafidelenses
Volume III, pagina98, de António Gomes de Sousa e Manuel Ferreira Coelho.
[5]
Corrente de água aproveitada para regas, movimento de moinhos; Cascata. (Grande
Enciclopédia do conhecimento Volume IX.
[6] Apresentado à Assembleia
de Freguesia na sessão de ??-??-2006
[7] Temas Penafidelenses
Volume III, pagina103, de António Gomes de Sousa e Manuel Ferreira Coelho.
[8] Em tempo os rapazes diziam
(vamos brincar para o caminho Largo).
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